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Uma brincadeira infantil que se transformou em profissão

Última atualização em 5 de novembro de 2021

Uma brincadeira infantil que se transformou em profissão. Lara Gomes Lima sempre gostou de colorir a vida. E foi assim que a paixão pela arte fez dela uma artesã. Aos 12 anos pediu para a mãe coloca-la em um curso de pintura em tecido. Lara logo aprendeu a pintar panos de pratos. “Ainda lembro o nome da minha professora que me ensinou as primeiras pinturas em tecido, dona Odaísa”, relembrou Lara.
Mas os afazeres da vida interromperam a paixão pelas tintas. Lara Gomes começou a trabalhar e aos poucos teve que deixar a arte da pintura para segundo plano. Mas como o talento sempre sobressai na vida, agora que está aposentada, Lara voltou a fazer o que mais ama: pintar.
E ela coloca cor em tudo, pinta pedra, vidro e pano. Ela literalmente pinta o 7. Os produtos feitos pela artesã são vendidos para Ituiutaba, Uberlândia, São Paulo e diversas partes do país.
Além da pintura, a artesã também faz tricô e crochê. Uma brincadeira de criança que se transformou em profissão. “Sou uma sonhadora empreendedora, que não desistiu da paixão pelas tintas e pela arte. Como diz o ditado: a vida tem a cor que você pinta e eu completo: então pinte o 7 e seja feliz!”.
Para quem quiser conhecer os trabalhos da artesão pode acessar a página dela no Instagram
https://www.instagram.com/atelielaralima/
E ela não é a única artesã de Gurinhatã a fazer sucesso nas redes sociais. A delbia Amaral também tem uma trajetória parecida. Começou a fazer crochê aos 8 anos e aos 14 anos já costurava. “Minha avó me ensinou o crochê e minha mãe me ensinou a costurar”.
Delbia gostava de desenhar e sempre quis mexer com artesanato. Mas primeiro começou no ramo da costura. Aos 15 anos já fazia roupas para colegas de escola e ganhava seu dinheirinho.
Além da costura, Delbia também ajudava a prima a confeitar bolos de aniversário. “Assim fui aprendendo mais uma profissão. Já fazia bolos decorados na adolescência”, contou.
Ainda muito jovem foi para o Clube de Mães de Gurinhatã. Ela fazia uma trabalho voluntário, ensinado o que já sabia, costura, crochê e bolos. “Era uma troca de saberes. Aprendi muito nesse tempo do Clube de Mães”, relembrou com saudades.
O tempo foi passando e o sonho de ser artesã foi ficando para trás. “Por muitos anos trabalhei com a confecção de bolos, fazia lembrancinhas e até a roupa da criança aniversariante. Trabalhei também no CRAS, ensinando o que eu sabia. Como coordenadora, me formei em pedagogia, me tornei professora do município e hoje estou cedida para o Sindicato Rural, estou como mobilizadora Senar”, explicou Delbia.
Mas mesmo com todos esses afazeres, não desistiu do sonho de criança e ainda faz artesanato com tecidos, panos de pratos, máscaras, toucas e aventais. O trabalho dela também pode ser conferido pelas redes sociais. https://www.instagram.com/baba.babymodainfantil/
Essas duas cidadãs de Gurinhatã são exemplos de que um sonho jamais deve ser esquecido. Um talento infantil que se tornou profissão e que gera renda para a família.